Adagri monta força-tarefa para erradicar peste suína

17 de outubro de 2018 - 11:35 #

Reunião da diretoria da Adagri: presidente Jaime Junior, titular da Seapa, Euvaldo Bringel, Vilma Freire, Amorim Sobreira e Joaquim Barros

Desde que foi notificada, no último dia 27 de setembro, sobre a existência de mortalidade de suínos no distrito de Mulungu, em Forquilha, a Adagri vem tomando as medidas e adotando os procedimentos apropriados, colocando todo o seu efetivo técnico para tratar do caso. O foco de peste suína foi confirmado no dia 6 de outubro. Segundo o presidente da Adagri, Jaime Jr, foi dado todo apoio logístico para as medidas que a situação requer. “Logo que tomamos conhecimento da denúncia, reunimos toda a direção e determinamos prioridade total para o caso. Nomeei nosso diretor de Sanidade Animal, dr. Amorim Sobreira, para coordenar as operações do plano de contingência.

Quando as provas laboratoriais demonstraram a existência da peste suína clássica, cerca de 20 técnicos passaram a trabalhar diretamente no local, fazendo inspeções, colhendo amostras e fornecendo orientação aos produtores da área abrangida pela doença. Foram montadas barreiras sanitárias no perímetro, e passaram por vigilância todas as propriedades que ficaram dentro do raio de três quilômetros a partir do foco de infecção. Segundo Amorim Sobreira, a principal preocupação é com o trânsito desses animais, para que o vírus não se propague. “Apesar de não ser uma zoonose, isto é, não acarretar problemas para a saúde de humanos, o vírus causa alta mortalidade entre os suínos, principalmente na população mais jovem”, disse. Nas propriedades infectadas, todos os animais, mesmo os que não apresentam sintomas, são sacrificados.

Além dos 20 técnicos em serviço no local, toda a área administrativa da Adagri está envolvida para dar suporte às ações. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem dado suporte, tanto com recursos humanos como financeiros. As visitas de inspeção, que incluem as feiras livres, ajudaram a detectar outros focos, que já foram confirmados: mais um em Forquilha, outro em Groaíras e também em Santa Quitéria. A principal dificuldade, segundo Sobreira, é a característica dos produtores, que tratam porcos para sua própria subsistência ou pequena venda e não tomam as devidas medidas de biosseguridade. “Nenhuma das propriedades infectadas, por exemplo, tinha cadastro na Adagri como produtora de suíno”, afirmou.

Além das ações locais, várias medidas de educação em saúde foram tomadas, como entrevistas para rádio, TV e jornal, alertando sobre o problema e orientando produtores a procurar a Adagri em caso de suspeita da doença. Para isso, foi disponibilizado um canal, por meio de telefone: 0800-280-0410. Além disso foram realizadas duas grandes reuniões. Uma delas, no dia 11 de outubro, houve videoconferência com sala de situação em Brasília para o alinhamento de ações entre o Mapa, a Adagri e a Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa). O titular da Seapa, Euvaldo Bringel, deu todo apoio às ações, acompanhando in loco o trabalho das equipes. “É importante que cada prefeito ou secretário esteja atento a qualquer ocorrência em sua cidade. Se for detectado algum sintoma devem entrar em contato imediatamente com a Agadri. É importante também que os gestores apoiem na logística dessa ação. Diante do trabalho que está sendo feito o Ceará tem total capacidade de sustar esse vírus”, garantiu Euvaldo Bringel.

Os proprietários de granjas tecnificadas de suínos (que cumprem as normas de biosseguridade, a fim de prevenir doenças no plantel) participaram de um encontro promovido pela Adagri, Seapa e Mapa, no último dia 15/10, no auditório da sede da Secretaria Federal de Agricultura, em Fortaleza. Receberam as informações atualizadas e se colocaram à disposição para ajudar a debelar os focos da peste.

 

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