ADAGRI registra o recebimento de embalagem de sementes não encomendada oriunda do exterior

1 de outubro de 2020 - 13:27 # #

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) registrou no último dia 29 o primeiro caso de recebimento de embalagem de sementes não solicitadas no Ceará. A embalagem já está de posse dos técnicos da Agência e será encaminhada nesta quinta-feira (01) a Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Ceará (SFA-CE). “A SFA encaminhará as sementes a um laboratório credenciado ao MAPA que fará a análise”, explica o gerente de Inspeção e Fiscalização Vegetal da Adagri, Gleyber Cartaxo.

No Ceará, a embalagem originada do exterior, chegou como encomenda a uma moradora do município de Pacajus, na Região Metropolitana (RMF). Segundo ela a encomenda não foi solicitada e por ter conhecimento dos casos que vem acontecendo em todo o Brasil entregou o pacote na Adagri.

O gerente da Adagri reforça que esse é o procedimento correto em caso de recebimento – não abrir o pacote ou mesmo descartá-lo e nem plantar as sementes – já que existe um grande risco em receber qualquer material vegetal em seu domicílio sem ter sido solicitado. “Como essas sementes não passaram por nenhum processo de inspeção, não tem como garantir que elas não estejam veiculando pragas e doenças de importância agrícola ainda não presentes em nosso País”, explica a Diretora de Prevenção da Adagri, Neiliane Borges.

A Adagri orienta que o destinatário ao receber esse tipo de material sem ter solicitado, principalmente de origem desconhecida, acione de imediato a Adagri por meio do telefone (85) 3101.2500, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Ceará (MAPA) (85) 3455 9201 ou a secretaria da agricultura do seu município.

Segundo a engenheira agrônoma Conceição Sobrinha, Coordenadora do Programa Estadual de Fiscalização do Comércio de Sementes e Mudas da Adagri, “a importação de plantas ou sementes de origem desconhecida acarretará em riscos fitossanitários ao país importador, propiciando a introdução de novas pragas e/ou doenças, comprometendo assim a produção agrícola de diversas culturas, provocando o aumento da demanda de uso de agrotóxico, a elevação dos custos de produção e conseqüentemente os preços dos alimentos para o consumidor”, esclarece.

A diretora Neiliane Borges também reforça que a entrada de sementes no Brasil só pode ter como fornecedores os países com os quais o MAPA já tenha analisado os riscos para a agricultura brasileira e estabelecido os devidos requisitos fitossanitários para importação. “Estes materiais normalmente devem ser certificados pelas autoridades fitossanitárias do país exportador, como isentos de pragas ou que tenham recebido algum tratamento para excluir ou minimizar o risco de introdução no Brasil”, conclui.

Caso das Sementes Clandestinas

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Ceará (MAPA) já foram registradas quatro denúncias de pessoas que receberam sementes não identificadas e não solicitadas. O primeiro registro aconteceu no Rio Grande do Sul, na primeira semana de setembro. Em seguida moradores de Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul também denunciaram o recebimento das sementes.

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