Nordeste luta contra Aftosa

21 de fevereiro de 2011 - 03:00

Secretários estaduais discutiram a criação de um programa de erradicação da febre aftosa no Nordeste

Maceió. Representantes de secretarias de Agricultura, de agências de defesa agropecuária e de superintendências Federais da Agricultura (SFA) de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte reuniram-se, ontem, em Maceió, para discutir medidas de combate à febre aftosa.

A febre aftosa é a preocupação dos estados, que esperam mudar, ainda este ano, da atual zona de risco médio para a zona livre da doença com vacinação.

O encontro foi uma sugestão do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho. O objetivo, segundo ele, é integrar as ações entre os estados.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a mudança de status sanitário deve ser feita em conjunto. Além dos sete estados nordestinos, o bloco inclui ainda uma parte do Pará.

“Essa união trará benefícios para todos. O avanço será muito mais forte se nos desenvolvermos juntos. Sempre que se trabalha em bloco o resultado é muito mais consistente”, ressaltou o secretário-chefe do Gabinete Civil, Álvaro Machado, que representou o governador alagoano no encontro.

O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Francisco Jardim, defendeu a importância de criação de um programa de erradicação da febre aftosa. “A aftosa é um programa estruturante. Implantando todas as ações necessárias a ele, outras também são controladas”, enfatizou Jardim.

Prazos

Durante a reunião, o diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, apresentou recomendações e prazos a serem cumpridos pelos estados. De acordo com o diretor, um dos itens de maior dificuldade deve ser a atualização detalhada dos planos de ações corretivas, que precisa ser concluída até março.

Marques lembrou ainda da importância da cooperação entre os estados. “Os pontos positivos de um estado ajudam os outros, mas os negativos também prejudicam todos, porque estamos caminhando em bloco. Trabalhando junto, a fraqueza de um pode se apoiar na fortaleza do outro”, destacou.

Extraída do Díario do Nordeste em 18 de fevereiro de 2011