ADAGRI identifica casos de mormo no Ceará

9 de novembro de 2012 - 20:47

A Agência de Defesa Agropecuária do Ceará identificou cinco casos de mormo nos equideos do Estado. Quatro animais já tiveram a doença confirmada e foram sacrificados, conforme preconiza a legislação federal. Um segue fazendo os exames e caso, seja confirmado, também será sacrificado.  As propriedades ficam em Caucaia e Horizonte e todos os equideos do lugar estão isolados e passando por teste de diagnóstico para mormo. Animais da propriedade foco, vizinhas ou outros que tiveram qualquer contato, estão passando por inquérito soroepidemiológico, de acordo com a análise de risco da equipe da Adagri.  As amostras de sangue coletadas estão sendo enviadas para o LANAGRO em Recife; um dos laboratórios oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O procedimento dura em média 45 dias.

 

A identificação do mormo só foi possível graças ao empenho da equipe do Programa  Nacional de Sanidade dos Equídeos, que passou a ser responsabilidade da ADAGRI em outubro deste ano.  Entre outras atribuiçoes, a agência, desde então, é uma das responsáveis pela prevenção, controle e erradicação do mormo. “Estamos trabalhando intensamente e precisamos do apoio dos proprietários dos animais para manter a saúde dos equídeos e de toda a população”, afirma Leonardo Burlini Soares, médico veterinário e um dos coordenadores do Programa no Ceará.    

Leonardo, faz referência à dificuldade dos fiscais agropecuários de trabalhar nas vaquejadas, já que nem todos colaboram com a fiscalização: a GTA (guia de trânisto Animal, documento obrigatório e os exames de mormo e anemia infecciosa (AIE).  Sem os exames, não há como saber se o animal está sadio. É importante ressaltar também que, o animal doente pode transmitir o mormo para o homem, visto que a doença é uma zoonose muito perigosa.

 

Um estudo epidemiológico está sendo feito para identificar a origem do mormo e as vaquejadas, principalmente as irregulares, podem ser a porta de entrada para a doença no Ceará, visto que muitos animais vem e circulam em outros estados. “Estamos protegendo o patrimônio deles”, lembra o médico veterinário e também fiscal Antônio Amorim.

 

A cultura de vaquejada no Ceará e outras aglomerações de animais facilitam a disseminação da doença. Por isso é importante a fiscalização da ADAGRI nesses eventos agropecuários exigindo os documentos  zoosanitários obrigatórios.

Hoje no Ceará, onze propriedades estão interditadas por serem foco da zoonoze, adjacentes ou com risco epidemiológico. 147 amostras já foram enviadas para o Lanagro e outras 23 amostras serão enviadas nos próximos dias. A partir dos resultados, a equipe do Programa de Sanidade Equídea irá determinar quais os procedimentos serão adotados. Se libera a propriedade ou  continua com ações de saneamento. Nas propriedades foco será realizado um segundo exame, mesmo que o primeiro resultado venha negativo, para se for o caso, suspender a interdição das propriedades.

 

 

Assessoria de comunicação

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